Se todos fizermos esforços juntos para divulgar essas informação, quem
sabe o povo perde o medo de votar na Marina porque não quer ver o
candidato (Dilma ou Serra) que torce contra ganhar!
Então bora divulgar que ainda podemos fazer a diferença: VOTAR!
Abraços,
Segue o texto:
por *Flavio Tavares
Quatro anos atrás, em 2006, L.F. Verissimo fez uma irônica advertência à
campanha eleitoral da época: tantas são as “pesquisas” de intenção de
voto, que a eleição parece algo supérfluo, escreveu. Agora, em 2010, a
constatação de sua verve de pensador profundo (que extrai grandes
verdades das coisas simples) continua presente e até avança.
Mais do que a eleição em si, as “pesquisas” dominam a atenção. Imprensa,
rádio e TV destacam previsões de “institutos”, como num torneio de
adivinhação. O eleitor, bombardeado por essa tosca futurologia, não
avalia os candidatos e só mira o apregoado final. Os novos cartomantes
igualam a eleição a aposta em carreira de cavalos.
Assim, noutro ambiente e com outros meios, retrocedemos, em parte, às
eleições indiretas da ditadura, que nem eleições eram, mas nomeações
impostas, convalidadas pelo tal “colégio eleitoral”. Em 1985, a campanha
pelas “diretas já” mobilizou milhões de jovens que jamais haviam votado
para presidente e governador. Queriam exercer um direito essencial –
votar livremente, sem interferências.
Restabelecida a eleição direta, outro tipo de interferência leva, agora,
a um retrocesso. Sem saber, absortos pelas “pesquisas”, estamos todos
envolvidos em convalidar novo e bizarro tipo de eleição indireta.
Antes, o Congresso escolhia o presidente da República. Agora, quem busca
ter essa tarefa são os “institutos” de pesquisa, que nem institutos
são, mas empresas destinadas ao lucro. Não são instituições científicas
de pesquisa, como as universidades, por exemplo. Ao contrário, são
empresas que usam tudo (de artifícios à verdade) para chegar ao que foi
encomendado pelo cliente contratado por dinheiro.
Como as “pesquisas” chegam aos resultados? Qual o método ou a
metodologia de escolha dos entrevistados? Pode-se saber? Ou é segredo,
como a fórmula da Coca-Cola?
Nem sequer sabemos quem nos “representa”. Antes, pelo menos, sabíamos
que o deputado fulano e o senador beltrano escolhiam por nós e em nosso
nome. Agora, somos “representados” por anônimos. Gente desconhecida que
vota antecipadamente por nós, que nos “representa” sem nos representar.
E, assim, nos comanda.
Não há nada de científico em que 2 mil pessoas escolham em nome de 120
milhões de eleitores. Onde foram selecionadas essas pessoas? Quem são?
Quem de nós conhece alguma delas?
Nessa simplificação numérica, quem está em perigo é o sistema
democrático. Todos os candidatos deveriam rebelar-se contra essa forma
de explorar a sensibilidade do eleitor e transformá-lo em mosca que
esvoaça direto ao mel.
A eleição em si é a única pesquisa. Foi instituída para pesquisar a preferência popular.
Agora, corre-se o risco de que a eleição vire o oposto do que deve ser
e, em vez de comandar o processo de escolha, passe a ser comandada pela
“pesquisa antecipada”. Ou seja, a pesquisa substitui-se à eleição.
A finalidade da campanha eleitoral é que o eleitor conheça o candidato
pelo que pensa hoje e pelo que fez ontem, para que o passado seja fiador
do futuro. A campanha eleitoral só tem sentido para fazer crescer o
nível do eleitor, libertando-o da condição de objeto, de máquina que
aperta botões de outra máquina – a urna eletrônica.
Fora disso, já ninguém precisará sair à rua para pedir indiretas já!
Como advertia nosso L.F. Verissimo, a eleição torna-se supérflua quando a
“pesquisa” é quem guia.
*Jornalista e escritor
Divulgação: http://cipotaneativa.ning.com/
Este é o blog da comissão provisória do PV, os VERDES de nosso município que está preocupado com a disseminação da pobreza e a degradação do patrimônio natural de nossa região. Nós temos vários projetos propondo uma Cipotânea melhor, no qual o sonho de felicidade inclua uma nova relação social com a sociedade e a natureza. Um jeito diferente e possível de fazer Política. Pense bem, pense verde!
Abre -se para o VERDE
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